Eu posso ser o Seu Demônio.

A Bailarina me disse que a Briza disse a ela: "Escrever é desenhar o que se sente..." A Briza estava certa!

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Location: Recife, PE

Saturday, August 20, 2005

Mística da invenção.

Nunca soube que a visita de um nobre vagabundo demoliria o santo tédio do anjo que toca o chão dos mortais. Das páginas de leitura breve, tirei o meu padrão de preceito e de energia, como se os livros descessem ao livre o poder do abraço.
Manteremos o laço simples e o toque áspero do querer, que nem aquela foto do pálido sorriso de Deus. Suprindo e saciando os desejos do olhar no reflexo vago, como quem fecha os olhos... Sem você, não tem ametista nem colar, não tem final previsível, nem altar. Só basta o toque, e o resto é todo seu, como quem passeia as mãos sobre um tecido de nuvens.
Praticando o dom é que se aprende a ser mortal... Sem motivos e sem vergonhas, porém o medo e a defesa se cortam em dois fardos distintos, delirando o óbvio e fascinando as almas em pranto.
Diga-me se o sacrifício vale a morte do ócio e sorria como uma fada de dedos mágicos, flutuando no ato e vislumbrando o tal poder.
Se olhares bem atrás da casa verde, onde se esconde o nosso intimo, verás a luz que nós sempre procuramos em outrem. Sim, minha flor, isso é tudo feito para você e eu. Observemos o nosso sonho de cristal transformar-se em velas de luzes pálidas e nesse momento sorriremos, olho no olho, presumindo as leituras cotidianas de nossos pensamentos.
O que eu te dei sempre foi o que você precisou, não pense que o limite do meu prazer se remete ao costume do teu ego, pois se lembrares do teu interior veraz a flor que havia naquele canto escuro que você não viu... Certifique-se disso e escreva o seu livro.

Sabemos do adorado dia de hoje, que se passa e se repete, como um ato único, de asas curtas e que mesmo assim nos fazem voar.
Irei partir, por uma vez e por um futuro não tão distante desse presente,que você me deu sem pensar duas vezes e pensando em nós, pensou em todo o resto do universo.

...E o meu adeus é como um imã, que sempre retorna onde a energia chama...

Thursday, August 18, 2005

Toda Luz.

Aquele um tom rosa claro me fez lembrar da infância, das coisas ricas que naquela época eu não dava o devido valor e que agora, nessas mínimas nuanças, me remete ao passado de sorrisos e sonhos furta-cor.
Quanto mais me enredo nessa teia, mais me enredo nessa teia, como se sempre fosse assim, como se fosse tudo tão natural... Como nudez de criança sabe? Fazendo parte desse mundo tão limpo e delicado, dessa vez mais do que nunca posso gritar e dizer que quero estar nele, para calar as minhas lamúrias e deitar numa tarde útil.
Somos dois fantoches nesse céu de acontecimentos, e não me venha falar que não sabe das coisas, pois já vejo no seu sorriso e nos seus gestos a frase que um dia irei ouvir. Tome um gole da nossa água doce e me diga a cor dessa lembrança, para que nos dois saibamos que o infinito e logo ali e não tenhamos nada o que temer, minha flor...
O que acontece quando os teus olhos fecham e a noite cai em teus pensamentos? Espero eu abraçar-te por toda eternidade desse sonho bom, para que dois se tornem dez e para que mais nada se torne pedra.
Eu sei que você quer ouvir sobre o nosso ato, a nossa mais profunda intimidade, de fato atrapalhada, porém inocente como criança e no fim tudo se fez azul. Parecíamos um. Tacamos as melodias mais doces para cortejar o nosso prazer e no verão do nosso anseio, nos fizemos mais unidos e distantes da janela, aquela, que nos mostra o mundo lá fora. Um dia tudo acaba, por que nossos anjos não são imortais e nossos demônios já são bem vindos. Um dia, meu amor, seremos mais livres do que aquelas crianças nuas que tocam e cantam naquele quarto, em um lugar distante...
Toda história é remorso, porque sempre existe alguma coisa que você deveria ter feito e não fez, por um motivo ou por outro. Por outro lado, a nossa história se faz no hoje, se faz no ter e não ter, se faz assim, como você sabe tão bem e eu também.
Você me reinventa e eu me moldo, como um brinquedo de papel nas mãos da criança de imaginação sem limites. Eu sinto não mais medo, de tudo onde há você, de tudo onde o meu céu pode ser o seu e prefiro assim, pois o que será de mim sem o som do teu pedido?
Olha que eu falo sério, olha que eu perco o rumo e velejo no mar dos nossos dedos, que se tocam sem perguntar se há ou não sinal vermelho. Linda quando abre os olhos, como aquela linda flor que dessa vez você viu e apanhou no chão, guardando pra si aquele pedaço de sonho, que talvez não se prenda só em começar.
Quando me fotografei escrevendo esse tal poema, ou sei lá o que, pensei eu em sorrir para quem não conheço e fazer travessuras em plena luz do dia, como se fosse tudo tão simples e a vida uma melodia tocada no piano... Pulando e sorrindo!


Eu quero cuidar de você!
Não quero mais voltar pra casa e sorrir com as lembranças do sonho bom...